Davi Ramos

Prosa Falsa

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Seria a raiz ainda de um começo torpe

Engulo de uma tomada seu rosto eslavo e ausente

Óculos de armação larga, cheiro bem seu no sovaco

Termino então um cigarro, o rosto vidrado no teto,

a mente vazia assim mesmo

em relato oceânico de mundos gerais.


Larguei em você minhas luvas,

sumi com a boca nas curvas.

Batom na camisa, espero a pergunta.

Sem pressa ou tardar, a mulher sonha quando o dia amanhece.

Eu finjo, respiro e respondo.

Não sei se é verdade, mas digo sem pranto, presto homenagem a todo encanto:

“Sim, mulher. Te amo”.

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